domingo, 12 de dezembro de 2010

O Espírito e a Causa Primária

 O livro dos Espíritos, além  de outras tradições espiritualistas, ensina que Deus é a causa primária de tudo. Que Deus é onipresente ( oni = tudo,todo). O seja, Deus está presente em tudo.
Dentro desta linha de pensamento, devemos admitir que é impossível  algo existir fora ou além da realidade divina. Tudo está em Deus. Isso significa que tanto a energia/matéria, quanto ao espírito são manifestações do princípio, da causa primária de todas coisas...que é Deus. Não estou dizendo aqui que Deus seja o resultado de tudo o que existe...ao contrário...tudo o que existe (e ainda vai existir) é expressão da realidade divina, sem que Deus se limite as suas manifestações.
De acordo com algumas tradições  religiosas e conforme o Livro dos Espirítos, temos uma trindade : Espiríto, matéria e Deus, este último envolvendo aos dois primeiros e os transcendendo, indo além deles...Portanto, Deus se manifesta como matéria e como espírito, mas existe um aspecto nele, que está sempre além, pois ilimitado e incognoscível. Este aspecto é o que impulsiona a vida...é o que faz com que tudo se transforme infinitamente, pois sempre haverá um passo a mais a ser dado na evolução.
Portanto, temos princípios básicos, cujas origens nos são desconhecidas: o Princípio Inteligente e o Fluido Cósmico Universal. Esses dois princípios não estão separados, pois a causa deles é uma só... é Deus... ou seja, causa única, primária, que se expressa gerando infinitas formas no Universo...Somos muitos na  "aparência", mas nosso princípio é um só. Como podemos dizer que  nós, espíritos, fomos criados, se nossa causa primária sempre existiu. Algo que é imortal, que não tem fim, pela lógica, não pode ter tido começo.
Após o Big Bang, que deu origem ao Universo, o princípio inteligente iniciou sua jornada evolutiva, transformando-se gradativamente, passando por um processo de individualização, mas sem se separar do todo e sempre mantendo a essência eterna e imortal...e, talvez, incrida.
Jesus disse: "Eu e o Pai somos um".
Sem querer me comparar ao sábio mestre, eu digo:
 "Somos todos um".

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